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Seu local de trabalho é um edifício doente?

Sintomas ligados à desconforto agudo, como dor de cabeça, irritação no nariz, garganta ou olhos, fadiga, dificuldade de concentração e até mesmo náuseas podem indicar um caso de Síndrome do Edifício Doente.



Seu local de trabalho é um edifício doente?

10 de Dezembro de 2019   |   Conforto

Não é raro encontrar situações em que os ocupantes de uma sala ou edifício reclamam de sintomas ligados à desconforto agudo, como dor de cabeça, irritação no nariz, garganta ou olhos, fadiga, dificuldade de concentração e até mesmo náuseas. Quando a causa desses sintomas é desconhecida e os ocupantes deixam de sentir os sintomas quando deixam o edifício, pode ser que estejamos diante de um caso de Síndrome do Edifício Doente.


De acordo com a Environmental Protection Agency (EPA), o termo Síndrome do Edifício Doente é usado para descrever situações em que os ocupantes de um edifício sofrem efeitos de saúde e conforto que parecem estar ligados ao tempo que passam em um edifício, mas nenhuma doença ou causa específicas podem ser identificadas. Pode ser que as reclamações estejam concentradas em uma sala em particular, ou então no edifício inteiro.


Um relatório de 1984 da OMS reportou que até 30% dos edifícios novos e reformados podem estar sujeitas a um alto número de reclamações ligados à qualidade do ar interno.


As principais causas da Síndrome do Edifício Doente são:


- Ventilação inadequada: Sem uma vazão adequada de renovação de ar de um ambiente, especialmente nos que muitas pessoas estão presentes, a qualidade do ar cai rapidamente, causando desconforto nos ocupantes.
- Contaminantes químicos de fontes internas: Adesivos, carpetes, copiadores, pesticidas e agentes de limpeza podem emitir compostos orgânicos voláteis, que em alta concentração podem causar efeitos agudos na saúde.
- Contaminantes químicos de fontes externas: Poluentes provenientes da descarga de veículos e gases de exaustão de edifícios podem entrar no edifício através de portas, janelas e outros meios.
- Contaminantes biológicos: Bactérias, pólen e vírus são alguns contaminantes biológicos que podem ficar acumulados em dutos de ar-condicionado e filtros, por exemplo, caso manutenção adequada não seja feita.


Por vezes reclamamos que o ar das cidades é muito poluído, e que estamos a salvo em ambientes fechados, mas a realidade pode ser exatamente o oposto disso: o ar do interior de uma sala pode ter qualidade pior do que o ar externo.


Mas como essa síndrome pode ser combatida? Em primeiro lugar, cuidar das instalações de ventilação e climatização desses prédios, fazendo manutenção preventiva com empresas capacitadas. É importante evitar o acúmulo de poeira e providenciar a remoção de fontes de contaminantes. Aumentar a taxa de ventilação para atender os requisitos estabelecidos em norma também é um passo importante.


Por fim, é importante promover a educação e comunicação. Quando os ocupantes, gerência e manutenção se comunicam e entendem as causas e consequências de problemas de qualidade do ar interno, podem trabalhar mais efetivamente para prevenir e resolver estes problemas.


Referências


ASHRAE. How can I tell if my building is a \"sick building\"? Disponível em: <https://www.ashrae.org/File%20Library/Technical%20Resources/Technical%20FAQs/TC-04.03-FAQ-29.pdf>. Acesso em: 04 dez. 2019.


UNITED STATES ENVIRONMENTAL PROTECTION AGENCY. Indoor Air Facts No. 4 (revised): Sick Building Syndrome. 1991. Disponível em: <https://www.epa.gov/sites/production/files/2014-08/documents/sick_building_factsheet.pdf>. Acesso em: 04 dez. 2019.


PIMENTA, Francisco. Síndrome do edifício doente: você sabia que sua saúde pode estar em perigo? Disponível em: <https://abrava.com.br/sindrome-do-edificio-doente-voce-sabia-que-sua-saude-pode-estar-em-perigo-por-francisco-pimenta-dnpc/>. Acesso em: 04 dez. 2019.



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